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Sexta-feira, 26 de Setembro de 2025

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Qual a conexão entre a estrela-do-mar e a onça-pintada? Descubra o papel das espécies-chave nos ecossistemas

Conheça as espécies-chave e seu papel no controle populacional. Entenda como a natureza cria ferramentas para cuidar de si mesma

Sérgio Mendes
Por Sérgio Mendes
Qual a conexão entre a estrela-do-mar e a onça-pintada? Descubra o papel das espécies-chave nos ecossistemas
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O reino animal é composto por mais de 8,7 milhões de espécies, mas entre elas existe um grupo especial. Esses animais têm o poder de controlar populações, equilibrar cadeias alimentares e manter os ecossistemas saudáveis.

Como verdadeiros prefeitos do mundo natural, sua presença garante que a biodiversidade prospere e que os habitats continuem funcionando de maneira estável. Não à toa são chamadas de espécies-chaves. Mas o que exatamente torna essas espécies tão essenciais? Vamos entender melhor o papel que elas desempenham na natureza.

As espécies-chave são verdadeiros motores dos ecossistemas, exercendo funções essenciais que vão muito além do esperado com base em sua quantidade ou tamanho. São organismos cujas ações regulam a estrutura, a diversidade e o funcionamento dos habitats.

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Dois exemplos emblemáticos dessa dinâmica são a estrela-do-mar, nos ambientes marinhos, e a onça-pintada, nos ecossistemas terrestres, que demonstram como diferentes reinos podem influenciar de maneira decisiva a saúde e o equilíbrio de seus respectivos ecossistemas.

O que é espécie-chave?

Estrela-do-mar

Espécies-chave são aquelas que possuem um impacto desproporcional sobre seus ecossistemas. Mesmo em números reduzidos, sua presença garante o funcionamento adequado de processos ecológicos, como predação, polinização e dispersão de sementes, entre outros.

Esses organismos mantêm a diversidade e evitam o desequilíbrio que poderia ocorrer com a proliferação desenfreada de outras espécies. O estudo dessas espécies revela que a simples ausência de um deles pode desencadear uma reação em cadeia que afeta toda a estrutura do ambiente.

No caso da estrela-do-mar, ela atua como uma agente de controle de populações de bivalves e outros invertebrados em recifes e zonas intertidais. Ao se alimentar desses organismos, a estrela-do-mar previne que uma única espécie de invertebrado se torne excessivamente dominante, o que poderia reduzir a diversidade biológica do ambiente marinho.

Essa função é vital para a manutenção dos recifes e para a preservação dos ecossistemas costeiros, onde a estrutura física e a composição das comunidades bentônicas dependem dessa regulação natural.

Por outro lado, a onça-pintada ocupa o papel de predador de topo em diversos ecossistemas terrestres, como florestas e savanas. Sua presença regula a população de herbívoros e animais de médio porte, evitando que estes causem danos significativos à vegetação.

Ao caçar de maneira seletiva, a onça-pintada ajuda a preservar a integridade dos habitats, garantindo que a competição entre as espécies ocorra de forma equilibrada e que a estrutura dos ciclos de nutrientes não seja comprometida.

Qual a relação das espécies-chave com o meio ambiente?

Estrela-do-mar em ação

influência das espécies-chave no meio ambiente vai muito além do simples controle populacional de outras espécies. Esses organismos promovem uma série de interações ecológicas que sustentam a complexidade e a resiliência dos ecossistemas.

No ambiente marinho, a estrela-do-mar, ao controlar as populações de invertebrados, impede que um grupo de organismos monopolize os recursos disponíveis, preservando a diversidade dos recifes. Essa regulação é crucial para a manutenção de cadeias alimentares estáveis e para a proteção dos serviços ecossistêmicos, como a filtragem da água e a proteção costeira.

Pesquisas na área de ecologia têm demonstrado que a proteção e a conservação dessas espécies-chave resultam em benefícios que se estendem para toda a comunidade biológica. Ao proteger organismos que desempenham papéis reguladores, é possível evitar desequilíbrios que poderiam levar a um declínio generalizado da biodiversidade e à perda de funções essenciais dos ecossistemas.

A abordagem de manejo que prioriza essas espécies auxilia na restauração de habitats degradados e no fortalecimento da resistência dos ecossistemas frente a ameaças como mudanças climáticas, atividades humanas e invasões de espécies exóticas.

 

 

 

 

FONTE/CRÉDITOS: Olhar Digital
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Sérgio Mendes

Publicado por:

Sérgio Mendes

Sérgio Mendes, brasileiro, 61 anos, Jornalista (MTB 64.505/SP), Terapêuta Fitoterápico e ambientalista há 46 anos.

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